quinta-feira, 31 de maio de 2007

Olha-me

Olha minha alma,
olha-me o rosto,
olha o amor que dou.


Hoje sou terra,
amanhã posso ser sol,
depois seu.


Aprendo com o tempo,
com o dia ,
brinco com o jogo de viver.


Estenda seu amor,
arrasta como lençol,
arruma a cama e me espera.


O corpo é casa, rio que sobe,
desliza promessas acima
e decepções a margem.


Sou o seu olhar da manhã
depois de fazer amor,
antes, o cobertor.


Olha-me de novo,
na tarde, mais tarde,
na noite, vem e fica minha.


Pareço imperfeito, e sou,
como todo amante,
pareço e desapareço amor.

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