sexta-feira, 25 de maio de 2007

INQUIETUDE

Nesse frio que transpassa
meus poros
deixando o outono
com aspecto de inverno
imagino a ebulição
de nossos corpos
e estremeço ante
a visão que não esqueço.
Coloco-me em cruel expectativa
até a noite te devolver pra mim.
O liquido quente que aquece
minha garganta
só dilacera a voz que canta
na tarde que quer dizer,
doces murmúrios de carinhos,
no segredar das folhas ao vento.
Minha inquietude soluça,
consolada pela tua lembrança
e tisna meu pensamento.
Vejo ao longe acenando
a esperança que se ausenta.
Minha saudade aumenta
num ímpeto de te buscar,
para aquecer minha alma
nesse calor que me acalma
sem sofrer e sem chorar.

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