domingo, 20 de maio de 2007

OLHANDO NOS OLHOS

Construímos um mundo de esconderijos e armadilhas
para que não nos descubram o mundo íntimo,
e nem conseguimos penetrar no âmago das outras pessoas.


Imagens, máscaras, projeções são as defesas
que encontramos para que os outros nos vejam
como queremos que nos vejam,
temerosos de nos mostrar tais como somos,
com nossas virtudes e defeitos,
com nossos sonhos e nossos equívocos.


É uma civilização da fantasia.
Como se estivéssemos nos movimentando em imenso palco, representamos os papéis que nos interessam,
divulgamos a imagem que entendemos ser a melhor
para alcançarmos os objetivos que desejamos.


Não importa se somos felizes
desde que obtenhamos o que ardorosamente queremos. Assim, não é sem motivos que construímos
a civilização da depressão, do estresse e da angústia...


Até crianças de 13 anos já andam freqüentando consultórios médicos para tomar antidepressivos... Observamos envergonhados pessoas de 80 anos suicidando-se... Homens e mulheres no esplendor e no vigor da vida
surgem-nos amarrotados e acabados sem vontade de viver...


Faz-se mister despirmos as máscaras e fantasias,
assumindo o que somos.


Aprendamos a nos olhar “olhos nos olhos”,
abrindo a alma no relacionamento com as pessoas.
Não vale a pena uma vida fingida em castelos de areia.


A vida real com altos e baixos, alegrias e tristezas
é grande tesouro que devemos valorizar.


A convivência sincera
é instrumento indispensável para ser feliz.
Olhar nos olhos e ser você mesmo...

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