domingo, 5 de dezembro de 2010

VERSOS NA NOITE

Cai a noite, de negrume é a
imensidão,
e as flores, inda abertas,
despertam meu coração.

Olho, como que pousada,
a lua emergente,
e o céu, indefinível clarão,
ilumina toda a gente.

Caem as estrelas sobre as
águas caladas,
e o rio acolhe, sem risco,
as pedrinhas estreladas.

Tudo isto a horizonte, que
a orla já calou,
misto de fantasia ou ilusão,
pedra que luzindo medrou.

Tudo o mais são sombras,
como que escoriando
as paredes, e à luz da lua,
castelos vão lembrando.

Adormecem as pessoas,
que a lua vai nua,
dormem bichos e pobres,
ao calhas na rua.

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