quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pareço louco!

Pode dizer, pareço um pouco, digamos, louco?

Falta-me um sorriso ou me falta algum tempo,

preciso saber de onde vem minhas vidas,

não vou a parte alguma, estou sempre só.





Tento ser minha prioridade, só por agora,

ainda que não me reconheça depois,

estou convencido a dizer mais um não

para esta tal voz que sopra pecados no ouvido.





Se quiserem, matem-me de amor, matem logo,

sou um velho jovem que parece muito confuso,

quero ser breve em tudo que não se refere a vida,

nunca ao amor e aos outros gozos bons de sentir.





Estou a fugir de uma morte, sinto-a por perto,

não sempre, às vezes choro, outras sorrio e durmo,

não quero dar importância aos desmandos,

continuo a sonhar cada noite, cada riso e beijo.





Minhas palavras têm a profundidade do mar,

a extensão do universo, a sabedoria de um deus,

sou a humilde imagem do meu grande criador,

longe do alcance da minha compreensão comum.

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