terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Gosto da chuva mansa

Gosto da chuva mansa caindo lá fora,
Provocando tão ternas lembranças...
Tirando meus pés do hoje... do agora...
Contando tantas histórias e andanças.

Ora, meus olhos ficam dela molhados...
Outras, provoca um sorriso orvalhado.
É tão doce sua sinfonia nos telhados...
Que o coração vibra descompassado.

O passado não passou... não passa...
Tudo que foi belo jamais se acaba!
O peito saudoso descompassa...
E uma tempestade nos olhos desaba.

Chove chuva... na tua beleza infinita...
Que tuas gotas são pérolas benditas.
Reconstruindo trechos desta vida...
Com tantos rostos e gratas visitas.

Gosto da chuva mansa e teimosa,
Caindo como silentes lágrimas...
Regando a terra fértil e generosa,
Lavando sentimentos e almas!

Gosto da chuva mansa caindo lá fora...
Ressuscitando tantos sonhos de outrora,
Cores que o tempo cruel não descora...
Que levarei em meu peito mundo afora!

Sei que a chuva vem e vai embora...
Junto com ela... alguém sempre chora.
Depois disso, sempre há uma melhora...
Alguém... dela... sempre se enamora!...

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