domingo, 19 de dezembro de 2010

NATAL!

De repente, aparece
conhecida melancolia...
O olhar volta ao passado
relembra momentos-imagens,
que ficaram nas lembranças...
Os sonhos interligados
nas horas anos dos dias...

E na galeria de relembranças,
pensamentos cruzam pontes
e num tempo livre de grilhões
o horizonte infinito se abre,
mãos se encontram em entrelaces

num toque mágico de emoções...

Orvalhadas gotinhas de tristeza
no canteiro dos sentimentos
libertam-se e, consentidas nascem...
Sorrisos brandos e amigos,
o jeito de ser, o som da voz,
o contorno de rostos conhecidos,
o colo, o corpo-porto, o abraço-abrigo,
a mão que conduzia...

Uns moram em outras paragens,
terras mansas de aprendizado
onde a essência em grandeza,
renasce, cresce e reluz...
Outros... Fugindo das adversidades
desataram os laços!
A vida em distâncias separou...

Mas o coração não esquece
o que à alma aquece:
Saber a quem e porque amou!
E hoje reconhecido, em preces
agradece ao Menino Jesus
as tantas bênçãos que alcançou!

E contrito, implora perdão
pelos tantos erros que cometeu
Pois é uma simples criatura...
E vestida de sensibilidade
permite que a melancolia
pranteie na Santa Natividade...

Na beleza que se entristece
o mundo terreno iluminado
perde um pouco da magia...
Pois que, assim de surpresa
a saudade sempre comparece:
-Falta alguém à nossa mesa...

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