quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cantiga de abandono

Ninou-me a cantiga!

Um refrão encantado

Por um anjo entoado

De ternura tomado

Sutil, delicado!


Ninou-me a cantiga!

No colo abrigada,

protegida, amada,

fechei a cortina,

a janela para a vida

Cerrei, embevecida...

Com mágico cantar!



Num cavalo alado,

trotando apressado

Para vôo alcançar

Partiste...

Caminhos escondidos

Por nuvens cinzentas,

quisera sabê-los

Ninou-me a cantiga!




Acordada... reflito

Quando voltará?

Ninou-me a cantiga!

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