quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Silêncio de sorrir

Hoje não quero usar minhas letras, talvez um riso,
vou sonhar em um pedaço de papel em branco,
transportar o que sou e o que sinto por agora,
doar-me como se um código escrito no meio da carne.


Preciso me deixar ir ao acaso desta minha nova vida,
quero um pouco de irresponsabilidade no meio do dia,
serei transgressor da minha pouca preguiça, até que,
misturem as noites com as tardes e o dia com o amanhã.


Não quero ser mais uma sombra ou só um paira,
no fundo do espírito saberei ser o intraduzível,
um exemplo de qualquer rei, de qualquer coisa,
um absurdo, de crer ou não, mas feliz sempre.


As emoções são pequenas descobertas em vida,
as palavras já não me fogem da memória como antes,
precisava de um sonho e um tempo que não apaga,
agora faço silêncio, um longo e alegre silêncio de sorrir.

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