segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

“CASTELOS”

Castelos que se montam e desmontam

Ilusões criadas e desmanteladas

Numa procura incessante do encontro

Que perde seu encanto por tantas vezes.

Os sonhos perdem a realidade

Deixando os lábios na vontade

E os braços tão frios.

Queria apenas uma noite

Onde os lençóis fossem desarrumados

Enquanto o amor ficasse encalacrado pelas paredes.

Resta só e tão somente os delírios que se multiplicam

Numa vontade que nunca se sacia

Guardada nas entranhas

Escorrendo feita larva ardente.

Fica apenas noites, intermináveis,

Onde tudo se desmorona sem piedade

Enlouquecendo e fazendo tormento.

Me procura por todo canto

Enquanto eu não te encontro

E assim, caminhamos nesse desencontro,

Meu corpo sem o teu

Enquanto o teu clama pelo meu.

E a noite que torce por nós dois

E que anda frustrada por não poder juntar nossos desejos.

Vai por aí e me encontre

Que ando louco diante da vontade de você.

Fecho os olhos para mais uma noite vazia

Embolado nos lençóis sem teu cheiro

Enquanto sei que em algum lugar a solidão te castiga

E essa mesma noite tenta te consolar

Trazendo-me em sonhos.

Quem sabe amanhã eu esbarre em você em algum canto

Tome você nos meus braços

Para ser teu eternamente.

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