quarta-feira, 28 de abril de 2010

(In)Conexo

A brisa suave penetra pelas frestas claras a diluir o lusco-fusco,
no despertar de uma noite insone, mal dormida
Longe o forgo arde no horizonte,

não sei o que dizer, ouvi uma prédica de que "nunca é tarde!"
Sou um ponto pequenino,entre outros muitos, por aí, perdido...



Mas posso entender, se tudo é divino, por que me amedronto!


Onde estou eu menino de olhos da felicidade,
sou filho da verdade!


Ah! Meu coração singelo! Eu menino pureza que era dia,

Eu alegria, eu natureza, no eclodir na vida, na heterogênea

sinfonia dos amanheceres...


O bigornear das arapongas me assustava,
hoje não mais ouço aquele estalido no meio da sinfonia
das rolinhas, dos sabiás, dos passarinhos!

Tudo sumiu na bruma da vida, sem vida...


Agora, convivo com a incerteza,
vivo a pensar em sonhos, vivo de sonhos, sou irreal! sou ilusão!
Ainda bem que nascem novos dias, que são novas vidas
ou a vida em renascença, junção de tudo em busca do destino.



Bem que eu quisera ainda ser menino!
A natureza não é triste nem hostil,
precisa ser compreendida, ela é vida!
Assim, quero ser natureza, vejo a beleza em tudo,
até no ladrar dos cães ou no canto dos passarinhos...

Sou mais silêncio, reflexão, sou o canto da esperança,
sou ânsia de certeza, sou a confiança do amor,
quero os braços da esperança,

nas bênçãos do Criador...

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