terça-feira, 20 de abril de 2010

Amores de Poeta

Às vezes quero vir falar de amor...
Amores que perdi e que ganhei.
Houve os que desertaram sem louvor,
Fora os amores que eu mesma inventei.

Tivesse um deles sido abrasador,
Na imaginação, quando eu os criei,
Da minha dor teria sido o autor,
Pois ela foi o que eu mais cultivei.

Mas o poeta torce a sua história,
Com fios da derrota faz vitória,
A caminhar, em paz, à beira mar.

Amores novos segue a inventar...
E somam tantos que eu mesma nem sei,
Se deles, algum dia, lembrarei...


Santos, 11.03.2009
www.amoremversoeprosa.com
Publicado no Recanto das Letras em 12/03/2009
Código do texto: T1482019




AMORES DE POETA
Odir, de passagem.


Falar de amor, a sós, às vezes venho,
amores que ganhei e que perdi,
amores tidos, idos ou que tenho,
amores mortos que jamais vivi.

Amores que não quis ou que me empenho
em mantê-lo no amor que vem de ti,
amor-paixão, que na ilusão desenho,
amor saudade, que se foi daqui.

Amores tantos... mas não são capazes
de privar o amor de dois poetas,
com seus feitiços e feições fugazes.

Eu sou a tua paz, tu me aquietas
nos versos que te faço e que me fazes,
completando-me em ti, que me completas!

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