terça-feira, 20 de abril de 2010

O VELEIRO E A ROSA

Tal qual uma rosa
rubra de paixão,
vou ao teu encontro,
pura emoção,
adentrando teu veleiro
encantado ...



Nele, me deixo versejar
poemas de amor e dor,
travestindo-me de
menina, mulher,
namorada, amante,
num simples instante,
só para te encontrar
errante, passional,
de braços abertos
a me esperar
uma vez mais ...



Minha pétalas
sensíveis e macias
perfumam o ar,
se abrem devagar
aos teus doces afagos ...
E nas asas do vento norte,
singrando forte
contra as correntezas,
nós dois flutuamos,
nos deixando levar ...



De encontro as ondas
que nos envolvem,
com muito mel,
molho e tesão,
nos amamos ardentemente,
com infinita paixão ...



Celebração maior!
Calor e sensações
revestem nossos corpos
cansados, aconchegados,
saciados um do outro,
como num poema sedutor ...
Abraçados lado a lado,
plenos de cumplicidade,
poderemos, enfim,
descansar em paz,
findar o versejar
e morrer literalmente
de tanto amar ....

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