O astro rei deslizava calmamente no horizonte, e as estrelas do céu começavam num luzir mesclado de ternura, a despontar. Meus pensamentos criavam asas nas plumagens da imaginação, e aquela alma tão humilde foi convidada por mim para um vôo na amplidão do infinito.
Vem comigo alma amiga, voemos ao céu, alcancemos as estrelas, deixemos a terra em seu lugar, no seu calmo flutuar.
Vês ali aquela esfera tão linda! É a lua dos eternos namorados, dos amantes do amor. É o esplendor do luar que extasia, externando o convite para amar.
Continuemos nosso vôo, não paremos aqui, voemos e vamos mais adiante. Ali está outras esferas flutuantes, a cadeia de planetas do nosso sistema solar. Alguns desses planetas já tiveram vidas, algumas com superioridade de inteligência, cuja sabedoria usou para sua própria destruição.
Mas não nos detenhamos aqui, vamos além. Saiamos do nosso sistema solar, vamos ganhar a amplidão desse universo morada de Deus, vamos além da nossa galáxia, vamos conhecer outras milhares de galáxias, algumas ainda em formação.
Porque te assustas! Estás preocupada com a nossa terra? Não se entristeça já não a vemos mais, aquela minúscula esfera ficou tão longe! Voemos, vamos mais além, estamos apenas no início da eternidade. Porque temor? Tens medo de prosseguir nesse vôo? Queres voltar?... Então voltemos, regressemos ao nosso minúsculo mundo flutuante, onde seus habitantes vivem sob uma atmosfera enganosa de poder, em desenfreada ambição, que pelo desamor, conduzirá essa querida terra a dor da sua própria destruição.
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