Versos inquietos, aflitos, complexos...
Momentos de ardor e êxtase libertos...
Depositando doces ósculos e amplexos,
No corpo do amante febril e desperto.
É inexplicável, coração é bicho estranho.
Navega por mares e terrenos baldios,
Provoca dores e ferimentos insanos...
Enlouquece em taquicardias e arrepios!
Versos navegam por mares incertos,
Afundam nos pântanos do indômito ser...
Colocam mistérios a descoberto...
Amores que atingem o auge do querer.
Versos são instantâneos, fotografias,
Pedaços do poeta atirados ao vento,
Espalhando sua excêntrica biografia...
Como um terno e inocente cata-vento!
Versos são, do poeta, o instrumento.
Navalha cortante ou meigo tormento...
São suas poções, seus unguentos...
A religião, a oração, o ar, o alimento!
Versos são amontoados de ira e ternura,
Devaneios avassalando sentimentos...
Arrancando do poeta toda a amargura,
Transmutando em euforia o sofrimento!
Versos são poemas, o próprio poeta!
Que da alma... deixa a porta aberta!
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