quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

SE PUDESSE...

Se pudesse, hoje, deixaria registrado
em teu coração algumas coisas,
quando ainda tenho tempo de dizê-las!

Diria que nunca fui tão feliz,
por mais longe que de mim estejas !
No tempo que poderá, sem palavras,
mostrar-te o homem novo que me fizeste!

Em minhas dores reciclei-me tanto,
nos prantos que de saudade eu bebi.
Foram tantos meus caminhos, tantos!
Confesso, jamais te esqueci.

Quando a vida surgia, no amanhecer,
com os raios de sol na minha janela,
eras tu quem vinha com o abraço
me acolher e apontar-me, dali, a primavera!

Quando era findo o dia,
eras tu quem me aguardava no portão.
abrigavas-me, no colo, que só eu tinha e
me afagavas o rosto com tuas mãos!

Ali, eu te escutava os conselhos,
ali me ensinavas ter paciência...
Fazias sumir meus pesadelos,
confrontar minha consciência!

Fui crescendo ao teu lado...
Namorado, amante e senhor!
O aluno aplicado em tua santa escola
do amor...

Quando a vida nos separou,
por qualquer razão banal,
muito de mim levou,
muito de ti me deixou, afinal...

Foste tu que mais amei e
tua partida, meu maior mal!
Talvez eu esteja pronto para outro alguém...

Não fosse este o nosso destino!
Será que me deste um amor maduro
e eu te dei um amor menino?

O que sei, hoje, homem:
carrego meus desatinos,
com muito mais tranqüilidade!
Apesar de, às vezes, chorar o menino
que de ti sente saudade.

Que bom! Antes nem chorar eu sabia...
Nem saudade eu sentia!
Ao teu lado homem me fiz.
Se pudesse, hoje, dir-te-ia...
Em teu coração gravaria:
nunca fui tão feliz!

Sem comentários: