terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tudo se repete...

Tudo se repete, tudo... Sempre!
As notas marteladas ao piano...
As horas repetidas badalando...
Repetido é o meu triste pranto...

Como se repete o travo amargo,
Assim como as desculpas...
Assim como repetitivos te amo...
Como minha mente me culpa...

Tudo se repete na vida...
Como este maldito piano...
O que era cisma, adivinhação,
Virou realidade, desengano...

Tudo se repete, não há o que fazer.
É beber lágrimas, salgar a alma...
Repetir o pesadelo, a dor, a nota...
A partida repetir com toda calma...

Repetido destino, repetida má sorte,
Repetida música, repetido filme...
Que o sonho reprime, que a ilusão
Amordaça de vez e o peito oprime...

Repetirei meus erros e equívocos.
Repetirei a nota ao velho piano...
Repetirei o nunca mais e jamais...
Que morra o meu coração tirano!

Toca piano, pode repetir, isto, assim!
Trespassa o coração qual uma adaga...
Repita a música sem descanso, sem-fim.
Dilacera, sangra de vez a minha chaga

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