Cá estou, de novo na minha janela...
Sonhando acordada, sempre abonada,
pelo meu doce cúmplice... o Mar!
Se ele espalhasse meus segredos,
se ele falasse dos meus medos...
Se num dia, mais ousado,
mencionasse o meu amado...
Ah... Eu o afogaria, Mar!
Não deve, jamais, falar...
dos meus sonhos abusados,
onde me sirvo, em banquete,
desse corpo, no tapete
dessas mãos e desse olhar...
Desse jeitinho gostoso,
de brincar.
Onde o abraço atrevido
atordoa o meu sentido,
e a vida... ah, essa vida
não é triste, nunca foi!
Parece que já sou dele,
e que ele é meu também...
Parece até, que no mundo,
não existe mais ninguém!
Que somos dois passarinhos,
que não querem fazer ninhos,
querem apenas voar...
voar...
voar...
voar...
Mas guarda, Mar..
Guarda bem o meu segredo!
Guarda meu doce pecado,
porque se for revelado,
vou chorar...
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