domingo, 15 de novembro de 2009

Poema do nada

Tudo o que tenho hoje...
Do nada que tive...
São duas palavras
Grafadas num livro com seu nome...
Como um tudo pode ser nada?
Como o nada pode preencher tudo?
É como fechar as mãos tentando
Segurar algo precioso...
E ao abri-las notar que foi apenas
Um sonho, um longo delírio...
Vai assim...
A vida se acabando...
Condenando a alma ao exílio...
O sentimento mais belo
Transforma-se num martírio...
Todas as dúvidas e tormentos...
Ao vazio vou inquirindo:
Há amor, há paixão?
Humildade... Compreensão?
Amei e fui amada?
Não... Grita a voz da razão!
Não há nada, nada, nada!!!

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