Menino de rua, de olhos tristes,
De mente deformada por mil interrogações!
Vive sem rumo, sem caminho indefinido.
“Menino de Rua”, passarinho perdido,
Por que você é visto com indiferença?
Por que o mundo lhe é tão adverso?
Creio que o seu deus
Seja o deus da descrença.
Não adianta lhe convencer conversas,
Porque o seu problema é a fome.
Ele é triste porque tem fome
De alimento e de carinho.
“Menino de Rua” você não tem noção
Da hipocrisia e da arrogância que o rodeia
Porque você é a própria humildade...
Parece que lhe é difícil estender a mão!
Você, menino de rua, que não sabe ler
Nem escrever o seu nome,
Nada pede para si,
Ansioso, quer saciar a sua fome.
Menino triste, fruto de um mundo corrompido,
De um Brasil que faz campanha
Usando o "slogan" da “Fome zero...”
Sei que o seu horizonte é a incerteza,
Dá dó o seu olhar triste,
Menino triste sem nome,
Menino-tristeza,
Menino com fome.
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