quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Menino de Rua

Menino de rua, de olhos tristes,

De mente deformada por mil interrogações!
Vive sem rumo, sem caminho indefinido.
“Menino de Rua”, passarinho perdido,
Por que você é visto com indiferença?

Por que o mundo lhe é tão adverso?
Creio que o seu deus

Seja o deus da descrença.
Não adianta lhe convencer conversas,
Porque o seu problema é a fome.
Ele é triste porque tem fome

De alimento e de carinho.

“Menino de Rua” você não tem noção

Da hipocrisia e da arrogância que o rodeia
Porque você é a própria humildade...
Parece que lhe é difícil estender a mão!
Você, menino de rua, que não sabe ler

Nem escrever o seu nome,

Nada pede para si,

Ansioso, quer saciar a sua fome.

Menino triste, fruto de um mundo corrompido,
De um Brasil que faz campanha

Usando o "slogan" da “Fome zero...”

Sei que o seu horizonte é a incerteza,
Dá dó o seu olhar triste,
Menino triste sem nome,

Menino-tristeza,
Menino com fome.

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