quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A espera

O tempo que move a hora,

move o olho,

move o quero, move o fica,

como se nada move onde movo.





A noite que não passa,

fica pálida de saudade,

viaja escuro adentro

indo devagar só por maldade.





A manhã é a que não importa,

às vezes tem despedida,

do trabalho e do juízo,

da paixão que não foi parida.





A tarde tem dor de amor,

como noite que ela não vem,

o sonho cai escada abaixo,

com beijo, o boa-noite não tem.





O tempo move a hora, move ,

move, sem parar,

quase insone me devoro

se ela logo não chegar.





O barulho bate a porta,

a mão arrasta o corpo até lá,

vê imagem de mulher gulosa

do amor que veio me dá.

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