quinta-feira, 19 de novembro de 2009

DE MÃOS POSTAS

De mãos postas, meu senhor eu te peço
Livraie-m'o peito da mágoa sentida
Transforma em luz o negror desta vida
Pois aos teus pés meus pecados confesso

Sei que aos teus olhos tornei-me perverso
-Não que no mal encontra-se guarida-
Foram as dores d'esta alma ferida
Que me tornaram de ti tão disperso

Hoje prostrado, te peço perdão
Suba esta prece ao trono divino
Pois quem padece nesta solidão

Bem que merece o ser resgatado
Limpa minh'alma, reverte o destino
Lava-me ,ó Mestre, de todo pecado.

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