quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Transformação

E é no profundo azul desse meu mundo

Que versejo e te percebo bem no fundo

No imaginário e inefável solfejo a beleza

Unindo o calor das almas a nossa tristeza.



Num grande torpor onde despetala a flor

Por tanto amor e por angustia a uma dor

Vejo-te ali presente em preces e desnudo

Num deus que se transforma em escudo.



Ah, soberano, vira-te tudo, amor amigo

Que canta a melodia e esconde o ciúme

E transforma tudo em sinfonia madrigal

Nas serenatas que ofereces a melancolia.



E é essa melodia que canto nos meus dias

Num sonho tão leve da natureza hoje fria

Onde compensas os desenganos e planos

Transformando em beleza nossos danos.

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