sábado, 6 de dezembro de 2008

QUEDA

Já estive, senhor, no topo da escada!
Perdi-me nas luzes, em devaneios...
Sempre vislumbrei o efêmero, encantada
Senhora da vaidade, sem receio.

Escalando o perigo, desta vida...
Enquanto as luzes de neon entontecem,
Vagava entre a luxúria embevecida,
Com as vagas promessas que enlouquecem!

Mas...é fugaz a escada de ventura,
Resvalei nos degraus dessas benesses.
Caí, em noites encharcadas de amargura!


Se não houvesse a mão que a queda aquece,
Ter-me-ia, chafurdado, em lama escura,
caindo, aos pés da ilusão que se fenece

Sem comentários: