sábado, 1 de novembro de 2008

É TUA SOMENTE!

Minha alma, muito embora cigana,
com jeito de querer o mundo,
é tua somente e há de ser sempre,
deste amor tão profundo!

Minha alma dançarina
às voltas de fogueira e a luz da lua,
de vidas e vidas pregressas, confessa:
sempre foi tua!

Ainda que não entendas meus devaneios,
as tantas idas e voltas...
É do sangue nômade do qual provim!
Selado nosso juramento,
em outros tempos,
por esse amor sem fim !

Sou teu, unicamente teu!
Em qualquer canto onde eu possa estar...
Além terra, cosmo estelar e canção!

Eternas dançarão minha alma e a tua,
tão lindamente, nuas,
numa praia de toda solidão!

Ciganas e amantes !
D'antes, desde de sempre ...
Deste volúvel presente!

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