quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mentirosa

Minta o gozo quando acordar,

diz que não se entregou,

leva a alma de volta ao sono,

esqueça as palavras, os gestos,

os obscenos todos aconteceram.





Não precisa omitir as juras,

deixa um recado colado no espelho,

fazer amor não é arte,

amar é se dar com alma, como nós,

foi assim o sonho que nega.





Quando acordar da paixão, tenta,

lembra dos beijos, dos abraços,

de como fomos ilha em uma cama,

fui a fonte que matou sua sede

e deixou brilho na sua pele suada.





Volte um dia e peça mais, minta,

não me importo se é arte ou amor,

obriga-me a te querer mais e depois,

se vista e saí em silêncio,

como se fosse obsceno fazer amor.

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