Derretia o coração,
quando a via passar
E ardia no meu olhar
A chama duma paixão.
Morava numa mansão,
Mas trocava o meu morar
P'los fundos do seu olhar:
Sitio da minha ilusão.
Num dia quente de v'rão
Convidei-a para entrar
Nos meus jardins de sonhar
E ela disse que não.
Um não com tal evidência
Fez-me mal, andei dorido,
Barbudo, desiludido,
Quis por termo à existência.
Numa noite de luar
Estava na sua janela,
quando passei junto dela,
Notou o meu definhar.
Sorriu, triste, para mim...
Fui lhe buscar uma flor,
disse-lhe versos de amor
E ela disse que sim.
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