A tarde se despede do dia
e as sombras descem e me cobrem...
Sombras... é só o que tenho
na alameda da alma em desalinho...
Ao longe, um soar de sino
convida para a Ave-Maria,
mas se aquieta repentinamente...
Perco a rota do destino,
traço retas à procura de palavras,
envio pensamentos ao silêncio do vento,
desvio-me dos signos da realidade
e não consigo avistar a estação
onde desembarcar meu desalento...
Olho o vazio, a passividade...
... e só então decifro o código
que me envia o coração:
Saudade!...
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