domingo, 29 de junho de 2008

Dona da vida

Faço da vida tudo o que quiser,
Eu posso até deixar de ser mulher,
Mas esta nunca foi minha intenção...
Entendo que o segredo de viver,
Consiste em aceitar-se o que colher,
E sou feliz demais nesta missão.

Faço da vida o que mais me apetece.
Se troco uma blasfêmia pela prece,
Não é para agradar ou ser gentil...
Apenas amo muito as criaturas,
Que vez ou outra causam amarguras,
Não há no mundo quem nunca sentiu.

Faço da vida o que me parecer,
A melhor trilha para não sofrer,
Mas amo a dor se acaso precisar...
Se houver momento em que me enternecer,
Se ela fizer melhor o meu viver,
E um bem ao coração, representar.

Faço da vida tudo que mais quero,
E se amo a dor também nunca a espero,
O que espero é sempre a paz e o amor.
Não faço apologia da verdade,
Já que não tenho tal facilidade,
Mas a minha, defendo com ardor!

Faço da vida tudo que convém,
O que puder e achar que fica bem,
E esse poder que tenho vem de Deus...
E se alguém duvidar, eu o respeito.
Porém não me desminta que é mal feito,
Conceitos que defendo são só meus.

Mas eu faço da vida o que entender,
Que me fará ganhar; e se perder,
Ninguém irá pagar a minha dívida...
E a mais ninguém compete me mandar,
É minha a culpa se amar ou odiar,
Por isso sei que sou dona da vida.

Do mundo, ainda não tenho a escritura...
Mas falta pouco para essa ventura,
Pois ao nascer ganhei a natureza...
Perdão Senhor, se algum dia esqueci,
Tantos tesouros que eu ganhei de ti.
Principalmente a vida, essa grandeza!

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