domingo, 29 de junho de 2008

Nada além

Assim fui eu,
pássaro sem cor,
amor sem paixão
pecar sem perdão,
foi assim
que tudo de mim em ti se perdeu?

Assim passei pela tua vida,
sem rumo, sem leste
sem que ao menos em ti deixasse
o calor do meu corpo?
Foi pouco?
Assim que teu sonho acabou,
sem mim?

Emoções descoloridas,
lágrimas doídas
assim foi que te vi partir...
Foi esta, pequena e apagada,
triste e amargurada,
a paixão que levastes de mim?

Nada além...
Num horizonte perdido
solidão, lembranças, sofrimento vivido,
sem que eu traga no peito alguém, e sem ter a quem,
vejo o meu mundo ao chão, caído...

E o que hoje sinto,
este choro em meu leito,
o que é isto, homem,
que me cravastes no peito?

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