domingo, 29 de junho de 2008

BUCÓLICA CENA

Ruminam animais,
ao sol da manhã,
ervas, madrigais,
pedacinhos de lã.

Um filhote grita,
apela à sua mãe:
que nisto se agita,
as ovelhas, idem!

Agora que come,
do leite bebendo,
mata bem a fome
e lá vai crescendo.

Depois de comer,
pinotes e pinotes…
e a mãe a proteger,
excessivos galopes.

Disto sabe o pastor,
pousado no cajado.
Que este é seu labor,
dele está calejado.

Avança a tardinha
e com ela o calor.
Achando sombrinha
foge-se do torpor.

Na hora de tornar,
à casa prometida,
cães põe-se a ladrar,
à família reunida.

Depois do trabalho,
cada um no seu lugar.
O pastor repousado
deleita-se co o jantar.

Pouco é o alimento,
em casa de pobres.
Aos pais cumprimento,
em gestos nobres.

Vem a hora de dormir,
pequeno pastor ajeita
as cobertas de cobrir:
o cão com ele se deita.

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