domingo, 29 de junho de 2008

Eu, perdido em outras terras.

Cheguei nas asas de um pássaro de prata e beijei o cimento frio da cidade.

Perdido em pensamentos, me perdi nas ruas desconhecidas,
onde minha alma gelava de medo.

Cercas elétricas cobriam minha cabeça,
não deixando minhas pernas caminharem e sufocado numa masmorra,
sem nada para olhar.

Grades de ferro transpassavam meu coração,
automatizada por mãos geladas e frias, provocando espasmos sangrentos.

Algemado em meus pensamentos e só, me perdi na terra fria,
onde mãos já não me tocavam, onde o grito, sussurrava.

Minha voz a ponto de explodir, se direcionava a uma só palavra,
descortinando o verde e amarelo,
entre os campos floridos e o sol acolhedor.

Sonhava com meus pés no Rio de Janeiro e a cabeça girava,
rodopiava em vendaval.

Meus olhos já percorria o Cristo Redentor e as
praias e meus pés fixava o solo de minhas entranhas.

O pássaro de prata me abortou revoltado e de
volta a minha terra amanda, respirei aliviado.

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