segunda-feira, 30 de junho de 2008

ODE A MEU AMOR

Meu amor é tão mais sincero
quanto mais dela é a sua lucidez.

E é dela tudo o que eu espero,
humildade, amizade e muita honradez.

Não vi até hoje pessoa como ela,
sempre correcta no expressar-se.

Se me equivale-se ao que é dela,
motivo seria para de mim contentar-se.

E de cada vez que deixa boa impressão,
é tão natural como em nós o respirar.

Pois tudo o que fala, fá-lo com o coração,
meigo, equilibrado, no peito a ponderar.

Sensível como nunca vi em mais ninguém,
preocupa-se com todos e toda a gente.

Entanto é de carne como outro alguém,
sofre, adoece, se alguém mente.

Dos filhos seus é toda a dedicação,
que nada lhes falte por sua conduta.

Fascínio tão grande não vi nem adoração,
e com eles enfrenta a vida e vai à luta.

Mulher trabalhadora como ela não há,
de casa sempre asseada e acolhedora.

Quem lá entre bem reparará,
na mão uma pá, na outra uma vassoura.

Este, meus amigos, é o meu grande amor,
a levar pela vida fora – eternamente.

Não há aqui pensamentos vagos ou supor,
seremos, como somos, do outro infinitamente.

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