terça-feira, 22 de abril de 2008

PERDIDO

Perco-me nas brumas,

do sol e do frio,

entre fogos e neves,

gelo e ferro,

encontro-me comigo

no desconhecido

a fugir das ilusões,

sorrio, perdido,

tal um mentecapto

sem camisa,

calça rasgada

sem expor as vergonhas!

Paro no eixo,

a elípse divide

o meu hemisfério:

do lado de lá

sigo para os etéreos,

triste e sério,

cá, meus poemas rasgados...

Sinto frio...

o calor sumiu o cefálico

congelado, nos desertos,

entre o céu e a terra,

falha a reflexão,

mente derrotada

piso firme no chão!

não encontro nada...

frustração! só frustração!

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