Quando converso com meu coração
Meu cérebro fica se metendo em nossa conversa.
Junto cérebro e coração
E acaba não dando em nada.
Eles saem no tapa
E nem como mediadora me atrevo fazer.
Sei que posso castigar os dois,
Sou muito mais ativa do que eles,
Mas sei que se eles resolverem me bagunçar,
Ora, um não sei se belo funeral vou ganhar.
O cérebro quer sempre
Me levar ao desvio.
Ele é irredutível
E irredimível.
Já o coração,
Ele mais complacente.
Acelera nas minhas ansiedades
Desacelera me fazendo plena ficar.
Eu como mulher tenho desejos
Pouca atenção ganho de meu par
Fico me questionando
Se me solto ou não me solto
Aí vem o cérebro
Me espeta com seu tridentezinho
Atiça-me com seus poluentes impulsos
E aflita fico me contorcendo aos nervos.
Já o coração,
Ele serenamente me aconselha
A não perder minha virtude
A não trilhar caminhos diferentes
E acaba por apagar o fogo
Que incendeia minha alma.
Ah! Esse coração é tão certinho
Que não me deixa pecar.
Já o cérebro,
Se eu deixar me levar
Meu par um belo chifre vai ganhar...
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