sábado, 3 de novembro de 2007

DEIDADE

Teu olhar ermo e afável, fita só distâncias
no horizonte imodesto da vida emudecida
como giesta abandonada no descer do outeiro
onde os dias tristes caminham incontáveis.

Sorriso meigo como o azul de um sonho,
alimentado pelo fulcro da felicidade sonhada
desejo de vida, ficada na sombra das horas
olhos a pedir nascente, no idílio das marés!

Teu esplendor penetrou no auge do meu sentir...
feito na exacta solidão de um Ser a despertar,
pedindo guarida em palavras subentendidas.

­Ante a animosidade do meu peito, te farei Deusa
no dilúculo da minha alma...moldo em teu regaço
o beijo cândido para o coração do mundo.

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