sexta-feira, 30 de novembro de 2007

SOLTO A VOZ

Já ardi em versos todos os meus medos,

ou quase todos que pela vida fui revendo,

indaguei qual sentimento lança o arremedo,

que me faz tropeçar com meus segredos.

Mantive os meus muito bem trancados,

e os tive assim tão bem guardados

que não percebi... viver com tanto medo,

pode tornar-se um indelével degredo.

E só então quando tremi, pude sentir,

percebi que, o detendo assim,

impus-me ao final do versejo concluir,

tristonha...eu tenho medo de mim!

E como superei a coragem perdida,

como retomei da vida a alegria

e como tento vencer esse medo atroz???

Não deixo sem amor minh´alma exaurida,

só aceito viver minha vida bem vivida,

beijo e abraço a Poesia e solto minha voz!

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