sexta-feira, 30 de novembro de 2007

MEDO DE SONHAR.

A lua clareou timidamente meu quarto,

mascarando em sombra e luz,

o lençol azul que cobria meu corpo.



Pequeno é o espaço onde se penduram as estrelas,

tão perto que com minha mão posso tocar.

Não sei qual é o limite de meus medos e

meus sonhos, posso estar imóvel,

posso fugir para longe.



É ingênuo acreditar,

que nesta noite de luar ,

minha estrela cadente vai passar

com seu brilho impetuoso ,

paralisando meus sentidos .

Não quero seu brilho de fogo,

somente que leve meus medos e me

deixe sonhar.



A escuridão já me trouxe medo,

que todo menino sente,

de descer da cama e tocar os pés no chão.



O sol clareou com furor meu quarto,

retratando em luz a dor do corpo que o

lençol azul cobria.

É inútil acreditar que já amanheceu e que a

vida vai me ensinar a andar.

O dia já me trouxe a esperança que

todo menino acredita,

de acordar do sonho e tocar com

os pés no chão.



Quando se cresce,

a noite se parece com o dia e os

medos tomam outras formas,

e os sonhos por vezes se apagam.

É ingênuo acreditar que o medo tem fim ,

eu timidamente vou adormecer e sonhar,

com a estrela cadente me trazendo um novo andar.

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