A lua clareou timidamente meu quarto,
mascarando em sombra e luz,
o lençol azul que cobria meu corpo.
Pequeno é o espaço onde se penduram as estrelas,
tão perto que com minha mão posso tocar.
Não sei qual é o limite de meus medos e
meus sonhos, posso estar imóvel,
posso fugir para longe.
É ingênuo acreditar,
que nesta noite de luar ,
minha estrela cadente vai passar
com seu brilho impetuoso ,
paralisando meus sentidos .
Não quero seu brilho de fogo,
somente que leve meus medos e me
deixe sonhar.
A escuridão já me trouxe medo,
que todo menino sente,
de descer da cama e tocar os pés no chão.
O sol clareou com furor meu quarto,
retratando em luz a dor do corpo que o
lençol azul cobria.
É inútil acreditar que já amanheceu e que a
vida vai me ensinar a andar.
O dia já me trouxe a esperança que
todo menino acredita,
de acordar do sonho e tocar com
os pés no chão.
Quando se cresce,
a noite se parece com o dia e os
medos tomam outras formas,
e os sonhos por vezes se apagam.
É ingênuo acreditar que o medo tem fim ,
eu timidamente vou adormecer e sonhar,
com a estrela cadente me trazendo um novo andar.
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