quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A DAMA DO DESERTO

Entre as areias escaldantes
do deserto de minha solidão:
Surges plácida e insinuante;
Miragem presente, constante,
quase ao alcance de minha mão.

Teu corpo n'areia se amalgama,
és fruto insano de meus desejos
- da falta que fazes em minha cama-
a abrazar-me em pura chama:
A fêmea que quero cobrir de beijos

Ó, bela dama de meu deserto,
reveste-te de carne afinal!
Chegai agora de mim tão perto,
que te possa sentir, não espectro,
e sim mulher, meu amor imortal.

Diga não às imitações:
Venha para o congresso oficial em Natal.

Sem comentários: