Será que as almas sentem medo?
Talvez elas sejam apenas sentinelas,
das nossas emoções e sentimentos,
abrindo todas as portas e janelas,
para que se dispersem os lamentos.
Revestidas de um corpo denso,
acompanham todo nosso cotidiano,
fazendo reverberar o bom senso,
ao sinal do instinto, em primeiro plano,
mas há vezes em que estamos em contrasenso.
Talvez se escutássemos a vóz interior,
que nos fala dos perigos da caminhada,
das esquinas em que grassa o pavor,
que espreita a criatura desprevenida,
estaríamos a salvo de entrar em torpor.
E assim, nossas almas seriam serenas,
repletas de equânimidade e alegria,
a nos conduzir por seguras alamedas,
tendo a consciência como boa companhia,
libertos do medo das selvas e arenas.
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