segunda-feira, 4 de outubro de 2010

História da saudade

Nada mais vulgar que um não,
uma chuva fina esfriando o dia,
a saudade batendo a porta,
as lembranças daquela que partia.


Preciso contar toda história,
em algumas passagens até sorri,
contos da gente que ama sem medo
e se perde por não saber ouvir.


Minha vida é feita de fantasias,
um trago de saudade, um gole de paixão,
as razões antes do sexo e depois,
um amor feito de carne e tesão.


Tem dias que me perco da alma,
caço um corpo no meio da cama,
mas ela deixou um não pra esperar
e nenhuma promessa exclama.


Dos olhos a chuva que molha o rosto,
um frio cansado de palavras negativas,
minhas vontades são como ruas
de uma cidade repleta e desconhecida.


A chuva é um não que apaga o fogo,
o amor corre louco como assassino,
traz-me de volta e seca-me o corpo,
antes que a saudade me leva o destino.

Sem comentários: