terça-feira, 1 de junho de 2010

Proibido

Hoje estou triste, mas não choro,
não que seja proibido chorar,
às vezes perdemos o caminho, dizemos coisas ruins,
depois tudo se ajeita, talvez se eu mudar, se ela mudar.

Ontem senti sua falta aqui em mim,
por um momento lembrei de tudo que vivemos,
mas também de tudo que perdemos,
do tempo que nos proibiram de ser felizes.

Existe sorte, mas ela tem um tempo para acontecer,
Tudo se realiza de uma maneira que ninguém sabe,
deve ser proibido escrever quando, a data,
então um dia Deus olha e diz, sua hora de ser amado.

Hoje acordei pensando na minha vida,
quantos já me proibiram, os sonhos, o beijo, o doce,
quanto paguei por erros que não cometi,
até o sorriso muitas vezes foi censurado no meio da boca.

Já não tenho medo de sonhar, de viver meu desejo,
que proíbam o sono, que matem a noite, mudem a manhã,
ainda assim farei planos, gosto do diferente, do proibido,
o sabor está onde o não tenta tirar a alegria da vida.

Penso que fui gentil demais com meu mundo,
corri atrás de pessoas que não me notaram,
esqueceram de gostar do carinho que oferecia,
proibiram meus olhos de chorar. O destino? Nenhum.

Cansei de tentar entender o outro, suas regras,
gritam meu nome quando precisam e não porque me querem,
fazem placas de proibido nas portas dos corações,
fingia não me incomodar, e elas, não se incomodavam.

Hoje derrubei as placas de proibido, todas elas,
falei do meu amor, confessei a um espelho,
depois, quebrei em milhões de pedaços todos os segredos,
espalhei como se mandasse recado ao mundo, parem!

Não proíbam meus medos, deixem meus sonhos realizarem,
lutem suas guerras e não as minhas,
os sentimentos são meus, quero o abandono da proteção,
liberdade dos hipócritas controladores de vidas alheias.

Quando chorar, não proíbam minhas lágrimas,
quando amar, não proíbam meu corpo de fazer amor,
quando levantar a cabeça, não proíbam meus pensamentos,
quando olhar pro céu, não me proíbam de falar com Deus.

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