quarta-feira, 9 de junho de 2010

Não me magoe, por favor!

Eu me sentia como alguém
que contraíra uma doença fatal!

Durante curtos períodos
eu conseguia esquecê-lo,
mas logo voltava a sentir
a pressão sutil na memória...



Comecei a desejar
que jamais tivéssemos nos encontrado
pessoalmente...



A realidade era mais opressiva
que os vôos compulsivos,
da minha imaginação...
Eu o queria tanto!



Mas não é da dor que tenho medo...
eu conheço essa dor.
Tenho medo é do término desse amor,
meu pequeno e doce sonho...
Tive tão poucos sonhos...


- Não me magoe...
Era isso que eu precisava dizer:
- Por favor, não me magoe!
Para tanto, basta o vazio...
basta essa sensação de tudo,
rodeada de nadas indecifráveis...
velhos sonhos carcomidos...
puídas esperanças...
o tic-tac do relógio,
impertinente, quase rude...



Não me magoe, por favor!
A melhor parte,
o que sobrou de mim, morrerá,
se você me magoar

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