terça-feira, 1 de junho de 2010

Monotonia

Minha essência eu a conheço e, às vezes, a refugio.
Embora haja o momento em que a alma se angustia.
Não lamento, enfrento a dor e o desvario
E permito que o silêncio se transmute a cada dia.

E vivo o efeito da angústia em cada fase
De sentimentos que em ondas quebram-me ao peito
Um sem fim de lágrimas explode, é a cartase
Que neste momento impele-me, ao leito.


Que não seja sempre, pois viver preciso
Catando cada gota dos orvalhados olhos
para desenhar em mim...mais um sorriso.
Fazendo-me viver presentes maravilhosos

Que não seja sempre, pois há euforia
Postergando a lapidada depressão
Que apenas se recolhe, se renuncia
E a monotonia, finalmente, deixa em paz
meu coração.

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