domingo, 15 de novembro de 2009

SONETO DO AMOR ADORMECIDO

O nosso leito desfeito no tempo
Ainda guarda teu raro perfume
Hoje disperso; tão longe do lume
Cheira saudade a todo momento

Foi-se no vento meu contentamento
Culpo o destino? Apenas queixumes.
Aonde o amor? Detrás dum tapume?
Aonde a paixão? Cruel contratempo.

Sonhos de verão, nas noites vazias
Reminiscências do não permitido
Fez o destino mil estripulias

Gerou o medo e a indecisão
Hoje o perfume, no ar diluído
Cerra os ouvidos à voz da paixão.

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