quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O que resta de amor

Não peça ouro entre seus desejos,

um rochedo de prata e mármore preto,

um azul da mesma cor do céu de ontem,

um dourado de sol amadurecendo a noite.





Peça que tateie sua pele no escuro da madrugada,

que desligue a lua pra falar de outros amores,

ainda que exista a menina com fome de paixão

amadurecendo aos pedaços o amor guardado.





Voltaremos um dia pelos mesmos caminhos,

sem remexer o passado recente ou outros,

para perceber o quanto caminhamos a frente,

entre uma e outra vida que inventamos pra amar.





O mundo é este que fazemos aos pedaços de viver,

cada um ao seu tempo, antes e depois da paixão,

morrendo e vivendo, inventando e fazendo amor,

sobre o que resta de mundo até a última fase da lua.

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