sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NEM SEMPRE NOS CONHECEMOS BEM

Essa é uma grande realidade, por mais paradoxal que possa parecer, pois a pessoa que nós menos conhecemos, é aquela com a qual nós temos um convívio mais estreito, qual seja, nosso outro eu. Aquele que vive em nosso interior, e do qual pouco sabemos.



Sempre será muito difícil aquilatarmos nossa real potencialidade. Muitas vezes julgamos estar em nosso limite, já tendo feito tudo aquilo que pensávamos ser capazes de fazer, e eis que, seja por alguma circunstância fortuita, seja por necessidade imperiosa, tiramos mais um ás da manga, e verificamos que nosso limite ainda não era aquele, e conseguimos realizar algo do qual não nos julgávamos capazes.



O importante em nossa vida, é jamais desistir, sempre tentando alcançar algum objetivo, seja qual for, sempre procurando conhecer qual será nosso limite, imbuidos da certeza de que sempre há algo que desconhecemos e que podemos aprender.



O limite orgânico é fácil de ser constatado, pois nosso organismo estipula até onde poderemos abusar de sua resistência, e quando a extrapolamos, sentimos as consequências de nossos atos.



Contudo, ainda não conseguimos reunir condições para avaliar a real potencialidade de nosso “eu” interior. Ainda não foi possível definir quais os reais limites do cérebro, e nem da alma. Até onde poderemos suportar certas situações. Até que ponto nossa alma pode tolerar de felicidade ou de sofrimento. Até onde e o quanto somos capazes de amar. Até onde poderá ir nosso desenvolvimento intelectual. Até onde poderemos suportar, mesmo as mais simples situações de nosso cotidiano.



E uma das provas mais irrefutáveis, é o constante progresso tecnológico, sempre em evolução, sempre com novas descobertas, sempre o hoje muito superior ao ontem, e inferior ao amanhã, sendo essa a prova mais cabal que ainda não se chegou ao limite do conhecimento humano, pois, a exemplo do organismo que nos diz quando devemos parar, fatalmente isso ocorrerá com nosso interior, quando esse limite for conhecido. A cada nova descoberta, constatamos surpresos que de nada sabemos, e tudo ainda temos para aprender.



Enquanto isso não acontece, e enquanto os cientistas e os experts, que estão mais adiantados na busca desses limites, ainda não mostram sinais de fim da evolução, devemos pelo menos tentar acompanhar esse ritmo alucinante, “na busca de nosso conhecimento total”.



Apenas exemplificando, podemos citar um dos maiores “milagres” da mente humana, que é a Internet. Ainda não se conhece sequer uma pequena parte de seu real potencial, e talvez seja por isso que fazemos tantas besteiras tentando entende-la, e faze-la funcionar como desejaríamos que ela funcionasse. Ocorre que ela já começa a superar nosso conhecimento, e está nos deixando para trás. Como pode ser possível que algo criado pela mente humana possa supera-la? Mas o que ocorre é justamente isso. Sempre aparece algo de novo dentro desse “monstro devorador de conhecimentos”, que nos surpreende, por mais conhecimentos que tenhamos sobre o assunto. Quantas vezes os técnicos mais capazes ficam sem saber o que fazer diante de certos problemas que surgem nessa “maquininha de fazer doidos”.



No campo da medicina, com todo o incrível desenvolvimento atingido, com todas as descobertas que a ciência já produziu, muitas vezes os médicos apenas diagnosticam: “Uma crise viral”. Ora, que raio de vírus é esse? Será que os virus do computador produzem gripe e resfriado também?



Desde que nascemos, sempre teremos essa incógnita, sobre o conhecimento de nossos reais limites. É interessante, pelo menos tentar desenvolver nosso conhecimento até chegar ao ponto máximo, que jamais será atingido. A única certeza que poderemos ter, é a certeza de que jamais saberemos qual é nosso conhecimento total sobre nós mesmos. Chegar a esta conclusão, já é um passo para essa descoberta. Possivelmente restem ainda mais uns mil passos para tanto, sendo certo que dificilmente os conseguiremos dar.



Sempre haverá pessoas que conseguirão chegar mais perto desse conhecimento, mas sempre haverá algo de novo para ser conhecido, algo que precisaremos aprender, provando cabalmente que o limite ainda não foi atingido.



Vamos continuar tentando? E enquanto isso, sem esquentar muito a cabeça com essas idéias de autoconhecimento total, vamos ter UM LINDO DIA, porque isso está em nossos limites.

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