quarta-feira, 30 de setembro de 2009

FLOR PERDIDA

Como vaso quebrado sem ter mais
conserto assim me sinto, bem
como à flor que espalhada pelo chão,
fala de desencontros e desunião.

Em tempos tive uma jarra de cristal,
e as flores que lá nasciam eram de pura
filigrana, hoje sou o restolho que sobrou,
à porta do tempo que no tempo soçobrou.

Sou como aquela coisa bonita que todos
gostam de ter, numa janela qualquer, para
viver ou morrer, e que lhes apraz ter à mão,
e nisto aqui dito: queira eu ou não.

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