domingo, 27 de setembro de 2009

Saudade...

Teu desencarne fez-me descontente,
co’a alma e o coração sempre em quebranto;
do nosso lar foi embora o antigo encanto
que tu levaste assim... tão de repente!

Do alto onde estás podes sentir o quanto
por ti pranteio ao te sentir ausente,
e nada existe que tão fortemente
me incline à solidão e ao desencanto!

Não mais teus lábios, nem os teus abraços
tentei buscar noutros alheios braços,
preso à paixão que só por ti nutria!

E hoje vergado a esta infelicidade,
a Dor se fez a esposa do meu dia,
e à noite faço amor com a Saudade!

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