terça-feira, 29 de setembro de 2009

Viajante

Não importa quão longo é o tempo,
nem dos telhados do céu,
talvez nem vai lembrar que existo,
mas saberá quando beijá-la,
o amor não é como neve, aquece e evapora.





Hoje sou somente uma lembrança
aí dentro de você,
é como uma janela que se abre
e fica me assistindo passar pela vida,
a sua, a minha, neste chão frio de sonhar.


Se você me ama, deixe-me saber,
não sou a luz que vai mudar seu mundo,
nada tenho de material, e não quero,
porque ser catedral, se nem sei rezar direito,
caminho aos seus destinos, até quando acordar.





Agarro meus desejos e corro pra você,
pareço sem honra, pareço o que quiser,
enterrem-me no fundo de algum quintal vazio,
eu voltarei e te direi do amor,
não é absoluto, mas tudo que posso lhe dar.


Sou um navio muito distante do porto,
que você ama com conhecimento ou não,
sua procura é em vão, e continua o silêncio,
se amar vai deixar aparecer na pele,
quando um dia eu de vez romper sua casca.

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